sábado, 28 de janeiro de 2012

Tá com vontade de fazer xixi?

Adoro a campanha de consciencialização para o Carnaval que está a passar no Brasil neste momento. 

Ao ritmo do samba, naturalmente, a Globo criou um vídeo que tem como objectivo sensibilizar o público para questões de cidadania, como por exemplo fazer xixi na rua. Em apenas cerca de 30 segundos, artistas conhecidos do país (incluindo o Sr. do "ai se eu te pego) cantam a "Marcha do Xixi", apelando aos mijões para fazerem as coisas no lugar certo. 

Acho que em Portugal podiam fazer algo do género, já que há por aí muito mijão a empestar as ruas (eu que o diga, pois em Alcântara vi uns quantos a aliviar a bexiga junto ao parque de estacionamento do Mini Palácio).  

Aqui está o link do vídeo:

Letra da música:
Tá com vontade de fazer xixi?
Não faz aqui
Não faz aqui.
Tá com vontade de fazer xixi?
Não faz aqui
Não faz aqui.
Nesse bloco a gente vê
É cheiroso, é maneiro
Tô falando pra você
Lugar de mijão é no banheiro

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Hoje também tem disto por aqui...


Na Barra do Una não existem táxis!

Eu já vi muita coisa. Posso dizer que conheço alguns países e já constatei costumes e manias bem estranhas. O Brasil não podia ser uma excepção e realmente aqui há gente para tudo.

Neste momento encontro-me na Barra do Una, um lugarzinho super simpático no Litoral Norte de São Paulo. De favor em casa de um amigo, sem carro e a uma distância substancial do local de trabalho, o autocarro - ônibus - é o nosso melhor (ou pior) amigo. A casa está situada num lugar chamado Sertão do Cacau e o caminho desde a estrada onde é a paragem até lá é de terra batida (cerca de 1.5km). Escusado será dizer que eu, na minha versão hippie, faço este caminho quase todos os dias a pé às tantas da noite, pois não há autocarro a essa hora nem as conhecidas boleias diurnas.

As boleias, ou melhor, as caronas... Uma coisa tão comum também em Portugal, mas com uma pequena diferença. Aqui não há táxis, ou pelo menos eu nunca os vi. Aqui há gente com o seu carrito próprio que faz vezes sem conta a estrada que liga as praias, parando nos "pontos de ônibus" para perguntar às pessoas se vão para Juquey, Barra do Sahy, Bertioga, Barra do Una ou outro vilarejo naquele sentido. 

A primeira vez que vi tal abordagem pensei "bem, estes brasileiros são de facto um povo mesmo simpático". É verdade, são muito simpáticos, mas também são danados para o negócio. Estes actos não são pura simpatia mas sim um trabalho desta gente (ou biscate, sei lá) que consiste em apanhar as pessoas que esperam desesperadamente pelo autocarro e levá-las até à paragem que desejam, cobrando-lhes um valor um pouco mais alto, compensado pela comodidade e rapidez de um carro de 5 lugares.

Claro que eu acabei por aderir à moda e, para além das boleias desde a casa no Sertão até à estrada (estas apenas por simpatia, gratuitas), já paguei uns trocos para me deixarem na Barra do Una sem stresses. A experiência chega a ser normal como se de um táxi se tratasse. A única diferença é que eles vão parando em TODAS as paragens para incluir mais uma pessoa no trajecto e, claro, fazer mais um dinheirinho.

Mas a viagem de hoje foi especialmente engraçada. Chove muitíssimo e em casa do A. não havia guarda-chuvas. A coisa mais semelhante, e que acabou por ser a nossa salvação, foi um guada-sol do São Paulo Futebol Clube. Uma coisa bem cómica para quem é corintiano fanático! Fomos até à paragem de autocarro existente no Sertão, na expectativa de que o maldito transporte público passasse em breve. Antes que isso acontecesse, apareceu um camião que nos deu boleia até à estrada para esperarmos o autocarro em direcção à Barra do Una. Eis que aparece um carro que, como é habitual, abranda e pergunta se vamos para Juquey. "Não, vamos para a Barra do Una" (que é um pouco mais à frente), respondemos. Quando se preparavam para seguir dissemos "E se dermos mais um dinheirinho não nos levam até lá?". Dito e feito. Entrámos no carro do casal mais cómico que encontrei desde que aqui cheguei. Uma gordinha loirinha de voz simpática e um magrela moreno que conduzia o carro. Um negócio a dois, portanto!

O carro era dela, mas ele conduzia. Ela fazia o negócio, mas ele metia água na fervura. Uma conversa que parecia sair de uma novela (brasileira), que deu para perceber que eram de S.Paulo mas vendiam bijutaria e roupas no Litoral e brincavam aos táxis para juntar mais uns reais. Na casa dos 40, pelos vistos eram apenas namorados (há 20 anos), mas ela parecia depender ainda dos pais. Estava em casa da mãe e dizia não poder depender mais do pai...Um discurso tão estranho de um casal maduro que mais parecia uma dupla mafiosa.
Eu não consegui controlar as gargalhadas na maior parte do tempo e lamentei não ter uma câmara de filmar para fazer uma reportagem bem ao estilo "Fantástico".

imagem exemplo da estrada no Litoral Norte de S.Paulo

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Um mês de mais "dolce fare niente"

Segundo o Guia do Litoral:
"uma das mais belas paisagens do Litoral Norte, Barra do Una reúne as delícias da praia e da montanha. O Rio Una desce a serra e deságua no mar pelo canto norte da praia. 
Navegável, sedia belíssimos hotéis e marinas, proporcionando inúmeras opções de lazer aos turistas, como passeios de lancha pelas ilhas da região: Montão de Trigo, Couves, Gatos, As Ilhas e Alcatrazes. Locais de beleza paradisíaca, ótimos para a prática de mergulho. 
Subida pelo Rio Una com botes e caiaques e caminhadas pelas trilhas ecológicas da Mata Atlântica são mais algumas de suas atrações. 
No Iate Club de Barra do Una concentra-se o maior número de barcos da Costa Sul de São Sebastião, com ótima infraestrutura, inclusive para esportes náuticos. 
Praia de águas cristalinas, areias claras e soltas. As ondas são mais fortes ao longo da praia e calmas no encontro com o Rio Una."
É por aqui que vou estar no próximo mês. Parece bom, não parece? 






sábado, 14 de janeiro de 2012

Deitar a preguiça para trás das costas

Já devidamente instalada em Ubatuba (acho eu), começo a tentar deitar a preguiça no lixo. Aquela preguiça que trouxe de Portugal resultante de meses de trabalho rotineiro e do Inverno que só dá vontade de ficar no quentinho de casa.

2012 tem que ser um ano de renovação a vários níveis e a condição física não pode ser excepção. Este ano decidi voltar ao Yoga, a aprender surf e a caminhar mais. O yoga aguarda, a prancha de surf já está prometida e as caminhadas estão bem perto… nas cachoeiras.

No meio destes planos aparece uma outra modalidade: o Stand Up Surf. Uma prancha que parece ter mais de duas vezes os meu tamanho acompanhada de um remo. Algo que não contava experimentar e gostar tanto. Com um sol escaldante e um mar como o de Ubatuba, em que a temperatura da água é um convite aos deportos marítimos, não foi muito difícil experimentar. Numa experiência estimulante e, muito bem acompanhada, lá fui remar até à ilha mais perto da praia da Maranduba.

Acho que não me saí nada mal…

eu e a malta de Santos

eu e o Gu 

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

No paraíso... com o 2º pé no Rio de Janeiro

Trindade é o paraíso!

Portugueses que me lêem: sabem aquelas imagens que passam (ou passavam) nas novelas brasileiras que diziam ser de Angra dos Reis? Pois bem, não sei se Angra é assim, mas Trindade é o paraíso que nos chega a Portugal através das novelas...  MARAVILHOSO

Baías cheias de vegetação e um mar que parece uma piscina são o cenário de uma vila meio hippie super charmosa.

Só vendo mesmo!





domingo, 8 de janeiro de 2012

1º pé no Rio de Janeiro

Pa-pa-pa-ra-ty!
Este foi o meu primeiro contacto com o Rio de Janeiro (Estado).

Depois de uma viagem longa (a distância não é grande mas a estrada não é boa), lá chegámos ao Paraty 33 onde o namorado da Caru ia actuar.

Paraty pareceu-me bem bonito. Embora a visita tenha sido nocturna e não tenha dado para conhecer profundamente, encantou-me ver a influência portuguesa naquele pequeno município do litoral do estado do Rio de Janeiro. A calçada portuguesa tem forte concorrência naquele pavimento das ruas estreitas que não convidam ao uso de saltos altos pelas meninas vaidosas que passeiam a sua beleza pelo lugar da moda. Lojinhas e mais lojinhas alternam com bares que bem podiam ser em Portugal.

Um lugar a revisitar em breve... mas durante o dia!

a foto não é minha, é do google. Esqueci-me da máquina

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Feliz ano novo!

Casa cheia, cerveja, caipirinha, vestido, areia, fogo-de-artifício, mar, sete ondas, alegria…
Foi assim a minha passagem para o ano 2012!




segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Sol, praia, surf, caipirinhas e cerveja

Este é o resumo óbvio e espontâneo que faço do Brasil que encontrei a 30 de Dezembro de 2011, dia em que pus os pés em terras de Vera Cruz.

País encantado de gente quente e hospitaleira, o Brasil começa aos poucos a conquistar-me e a fazer com que me sinta em casa. Fácil, fácil para quem desejava tanto vir e passar uns tempos a escutar português com açúcar, bem doce.

Entre praias dignas de postal e cascatas que parecem sair de um documentário da National Geografic, vou deambulando e conhecendo lentamente aquele que vai ser o meu lar. Ubatuba é a primeira paragem e não poderia ser melhor: sol, praia, surf e, claro, caipirinhas e cerveja, muita cerveja.